sábado, 15 de novembro de 2014

Entre a horta e o mercado



Entre a horta e o mercado



Uma breve analise do “Catálogo Brasileiro de Hortaliças” editado por Embrapa e SEBRAE. Brasília (DF): 2ª Edição – 2011. Consultando o referido catálogo descobri o quanto venho sendo enganado durante anos. Enganado pelos feirantes e pelas redes de supermercados. A citada publicação tem como subtítulo: “Saiba como plantar e aproveitar 50 das espécies mais comercializadas no País”. Publicação de distribuição gratuita sendo permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte. Cumpridas as exigências editoriais e intelectuais tenho algumas breves observações ao catalogo, na condição de consumidor de hortaliças. E o catálogo parece ser voltado a consumidores e pequenos produtores. 

Folheando o catálogo descobri que acelga é uma hortaliça, bem diferente da que estou, e estamos acostumados a ver em feiras, mercados e supermercados. A hortaliça com folhas compactadas e tronchudas encontradas no comercio são na verdade a couve chinesa ou repolho chinês, que é conhecida erroneamente de acelga, segundo a publicação (p 30). Talvez o nome que referencie tanto China, seja por ser um ingrediente na comida chinesa, que vem invadindo o comércio de alimentação com restaurantes. E se realmente os chineses são um grande potencial de consumo, ao visitar feiras e mercados, devem querer encontrar seus produtos e ingredientes, tal como conhecem. O freguês sempre tem razão, diz um velho ditado dos comerciantes. Os chineses descobriram a pólvora e pequenos carrinhos que vem invadindo as ruas brasileiras.

O melão é mostrado na publicação com nome vulgar de melão mesmo. A publicação é ilustrada com um melão amarelo. Um melão que já participa das gôndolas e prateleiras de mercados e feiras há muito tempo. Embora seja possível encontrar nas feiras, nos mercados e supermercados de Natal/RN mais de cinco variedades de melão, com formas, colorações e tamanhos diferentes. Diz ser uma fruta parecida com melancia, embora as melancias não sejam ocas como é o caso dos melões.

O inhame é apresentado como o antigo cará. Não compreendo como uma hortaliça tem um nome antigo, e um nome atual, se seu nome científico é imutável e o nome popular emana do povo. Diz que é uma planta trepadeira com tubérculos. Ao final da descrição menciona que em outras partes do país pode ser conhecido como cará (p. 36). O antigo inhame agora tem nome de taro (p. 56). E agora ficamos perdidos entre carás, inhames e tarôs, que podem ser transformados em pastas e farinhas, diluídos e misturados em sopas e caldos.

Seria o sistema S, um vírus intelectual para mudar conhecimentos adquiridos ao longo de uma história? Um vírus capaz de devastar as culturas de povos e civilizações? Uma modificação de culturas. A partir dos pontos de vista da agricultura com culturas de vegetais; e cultura com conhecimentos criados e adquiridos ao longo da história da civilização. Culturas com comportamentos e alimentos, nos modos de preparar e de se alimentar.

O Sistema S vem atuando na vida de empreendedores, do meio urbano e rural. Atua com certa insistência e imposição, de criar produtos, e criar empresas que possam vender os mesmos produtos. Produtores e produtos que são formatados com orientação do SEBRAE e com a nova empresa que atua no meio rural (SENAR), a mais nova composição do Sistema S.
O meio rural nordestino é incentivado a gastar e desperdiçar aquilo que tem de mais precioso, a água.  A falta da água que durante décadas motivou o sertanejo abandonar criação e plantação. E agora com episódios de secas o Sistema S vem mostrar que o agronegócio pode ser um bom negócio.

A oferta de água é usada e exportada tal como na era colonial, eram o ouro e as pedras preciosas, despachados em estátuas ocas. Onde era possível esconder os minerais. O episódio histórico ficou na mente popular, conhecido como santo do pau oco. “Santo do pau oco e o contrabando de minerais“, por Roberto Cardoso:  http://komunikologie.blogspot.com.br/2013/02/santo-do-pau-oco-e-o-contrabando-de.html.


Entre Natal/RN e Parnamirim/RN ─  15/11/2014







Escrito para blogs:

di Gestão do Conhecimento

Arrochando o Nó

Palavras Chaves: gestão; qualidade; conhecimento

Palabras Clave: gestión; la calidad; el conocimiento

Key Words: management; quality;  knowledge




CMEC/FUNCARTE
Cadastro Municipal de Entidades Culturais da Fundação Cultural Capitania das Artes

Natal/RN


Roberto Cardoso
(Maracajá)

Desenvolvedor de Komunicologia







PRÊMIO
DESTAQUES DO MERCADO - INFORMATICA 2013
Categoria Colunista em Informática




Candidato Finalista

PREMIO DESTAQUES DO MERCADO INFORMATICA 2014


Categoria: Colunista em Informática
Categoria: Segurança da Informação

Informática em Revista-Natal/RN








Desenvolvedor de Komunicologia


Cientista Social
Jornalista Científico
Reiki Master & Karuna Reiki Master


Colunista/Articulista
Informática em Revista - Natal/RN
Informática em Revista - João Pessoa/PB
Sócio Efetivo do INRG
(Instituto Norte-Rio-Grandense de Genealogia
Sócio Efetivo do IHGRN
(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)


Link Curriculo Lattes















terça-feira, 11 de novembro de 2014

No Castelo de Nassau









No Castelo de Nassau



Arquétipos e lembranças ficam internalizados e eternizados nas pessoas, nas comunidades, e nos grupos. Nas origens de povos e de populações, em suas colonizações, e em suas organizações. E os comportamentos se repetem sem serem notados ou percebidos. Uma história repetitiva contida em cada um, e em cada grupo, em cada organização. Sendo necessária uma observação, e uma analise para perceber os modos e critérios de repetição. A Terra gira e repete com seus movimentos os momentos: de dias e de noites, de invernos e verões, de outonos e primaveras. Momentos de equinócios e solstícios. “Bipolaridade do mundo” (Jornal de Hoje – Natal/RN em 03/set/12).

Como muitos sabem, e por muita das vezes já citado em textos anteriores. A Holanda tem por característica ser um território abaixo do nível do mar. É conhecida também por se classificada, como países baixos. Um território protegido por diques para que as águas do mar não invadam e ocupem seus espaços territoriais. Moinhos aproveitando a energia produzida pelos ventos bombeiam constantemente, a água que invade seu território.

Os holandeses não veem o horizonte. Fica oculto pelos diques acima de suas estaturas. Pintores holandeses raramente colocam em suas telas um horizonte, ou algo distante. Fazem a opção de retratar desenhos com pouca profundidade, como ambientes domésticos ou jardins. Uma empresa multinacional de óleos e combustíveis, de origem holandesa tem como símbolo uma concha, dando reforço a ideia de fechamento e isolamento.

E então resta uma dúvida: se repetem seus atos por simples repetição de seus arquétipos, ou por se sentirem seguros com muros e muralhas a sua volta. Ainda que sejam cercas invisíveis e imateriais. Criam um campo magnético a sua volta com estratégias comportamentais e administrativas. Um arquétipo de suas origens e de suas tentativas de ocupação, com enfoque no território brasileiro, desde o tempo do Brasil Colonial, quando pretendiam ocupar territórios que produziam cana de açúcar, o produto valioso da época. O produto de valor nos dias de hoje é a informação e o conhecimento. Daí o grande investimento de instituições estrangeiras de ensino no Brasil. No século passado chegavam com know-how e agora chegam como Coach.

Na história do Brasil os holandeses se instalaram em Natal/RN, ocupando um forte. O Forte dos Reis Magos, um ícone turístico da cidade. Instalaram-se em Ares/RN, um pouco ao sul de Natal/RN. Ocupando uma ilha, a Ilha do Flamengo. Também se instalaram em São Gonçalo do Amarante/RN, onde promoveram um massacre até hoje relembrado em efeméride, conhecido como o massacre de Uruaçu, uma tentativa de impor sua cultura, seu domínio militar e religioso. E instalaram-se em Recife/PE, uma cidade escondida pelos arrecifes. 

Ventos barrocos trouxeram embarcações holandesas ao nordeste. Ainda hoje um vento barroco pode ser sentido pelas praias de Recife (Boa Viagem) e Jaboatão dos Guararapes (Candeias, Piedade e Barra de Jangada). Ventos e brisas marinhas que lembram, relembram ou remetem aos séculos passados. 

Natal/RN seria a Nova Amsterdã por desejos holandeses. Cidade que ocultamente lembra a presença holandesa em seu aeroporto comercial, conhecido pelo código internacional por NAT, sugerindo uma interpretação de New Amsterdan Terminal.

Hoje os tempos são outros e as invasões e ocupações são outras, mantendo os interesses comerciais, com o produto mais valioso para a época. E os arquétipos estão sendo repetidos por uma instituição que tem o nome de um nobre holandês, descrito nos textos publicados: “Dicotomia natalense” (Novo Jornal – Natal/RN em 12/mai/12); “Batalha na Avenida Roberto Freire” (Jornal de Hoje – Natal/RN em 30/jul/12); “Conflitos de gênero na Batalha da Roberto Freire” (Jornal de Hoje – Natal/RN em 20/ago/12); “Marketing de guerra na batalha da Roberto Freire” (Jornal de Hoje – Natal/RN em 27/ago/12). “Arengas históricas e quatro elementos” (Jornal de Hoje – Natal/RN em 17/set/12); “Trilogias da Gestão da Qualidade” (Jornal de Hoje – Natal/RN em 24/set/12); e “Mestre, doutor e acionista majoritário” (Jornal de Hoje – Natal/RN em 18/out/12).

A instituição espalhou-se pelo nordeste tentando impor suas ideias, tal como o combate em Uruaçu. Criou sedes e filiais mais rápido que instituições concorrentes, instaladas antecipadamente. Um novo ser, uma novata no mercado educacional que ainda não atingiu uma maioridade empresarial, para mudar de estado e procriar em outro. 

Nesta mesma avenida natalense, a Avenida Roberto Freire, a instituição tentou ou pretendeu ocupar em prédio abaixo do nível da pista. Tal como seus arquétipos. Por razões desconhecidas o prédio não foi ocupado. Talvez uma batalha de negociação tenha sido perdida ou outros interesses aconteceram, mudando as estratégias de ocupação. Maurício de Nassau foi um grande estrategista holandês.

Estes novos holandeses recifenses, depois de instalarem-se em REC ─ a sigla internacional para Recife/PE ─ repetiram atos de invasão e ocupação. Partiram de sua capitania em Pernambuco para conquistar outras capitanias educacionais, ocupadas por portugueses. Que com algumas comparações foram descritas no texto publicado: “Jota’s Club” (O Mossoroense – Mossoró/RN em 04/dez/12). Espalharam-se por cidades e capitais nordestinas, chegando a atingir a região Norte. Com facilidades de financiamento de creditos governamentais estudantis, plantaram alunos como quem planta cana de açúcar em agricultura extensiva. Com adubo e irrigação de vinhoto pretendem fazer fartas colheitas no campo educacional.

Observando a cidade de Recife/PE como território de ocupação é possível fazer analogias bélicas. Em algumas ocupações ao longo da história, os holandeses ocuparam espaços e construíram tuneis que davam acesos a outras ocupações e instalações. A instituição recifense holandesa vai se espalhando pela cidade de Recife sem um critério compreensivo, por vezes ocupam um prédio para logo em seguida desocupar. Levando a supor que existem túneis subterrâneos entre as unidades, já que dirigentes aparecem e somem dos espaços sem uma justificativa clara e aparente. 

Do espaço físico passamos para o espaço virtual. Buscando a tecnologia das comunicações, ou seja, as TICs. Torna-se possível perceber um emaranhado de links que não levam a lugar nenhum, no site institucional. Somente os ocupantes com um mapa do labirinto criado podem entender entradas e saídas para obter uma informação ou uma solução on line. Levam-se longos minutos de espera para descobrir que não pode ser atendido por aquele canal, um fosso em torno do castelo. Desperdiça-se tempo e bom humor, aguardando e reclamando do atendimento, que por certo não será melhorado e nem tão pouco respondidas as reclamações, encaminhadas a uma ouvidoria. Situações de epopeias começando no sertão, pompas e nomes pomposos floreiam e enfeitam o site da nobreza imperial.

No espaço físico ou no espaço virtual estes neo-holandeses, fixados em Recife com arrecifes, buscam um espaço para se esconderem da nova guerra mercadológica, onde clientes e não clientes atacam e tentam entrar no Castelo de Nassau. Esquivam-se de torpedos e SMS, com atendentes virtuais, ocultos por trás de uma tela de computador.

E nesta tentativa os consumidores e desbravadores, compreendidos e reconhecidos como invasores do castelo, podem desistir de entrar no castelo por não conhecer o labirinto que precisam trilhar, para chegar ao nobre estrategista atual, o Visconde de Muribeca, preso em sua própria concha (shell), isolado e encolhido.

Texto disponível em:

Links para textos citados:












Entre Natal/RN e Parnamirim/RN ─  11/11/2014